A gestão da saúde pública no Amazonas está novamente sob os holofotes. O governo Wilson Lima autorizou o pagamento de R$ 30,274 milhões à Organização Social Agir (Associação de Gestão, Inovação e Resultados em Saúde). A entidade assumirá a administração do Hospital 28 de Agosto e do Instituto Dona Lindu. Este é o primeiro repasse mensal de um contrato bilionário de mais de R$ 2 bilhões, apesar do histórico de denúncias de irregularidades e corrupção envolvendo a OS em Goiânia.

Profissionais de Saúde Sofrem com Salários Atrasados
Enquanto milhões são destinados à Agir, médicos e profissionais da linha de frente estão sem receber salários há três meses. Desde setembro, o governo acumula uma dívida milionária com empresas médicas, impactando diretamente a qualidade do atendimento público. Esse cenário alarmante reforça o descaso com os trabalhadores que salvam vidas diariamente no Amazonas.
Histórico de Escândalos na Saúde Durante a Gestão Wilson Lima
A gestão de Wilson Lima já carrega uma série de escândalos na saúde pública. Nos últimos anos, quatro ex-secretários de saúde foram presos pela Polícia Federal por desvios milionários. Além disso, o governador é réu no STJ (Superior Tribunal de Justiça), acusado de comandar uma organização criminosa que desviou recursos durante a pandemia. O caso mais emblemático envolve a compra superfaturada de respiradores pulmonares em uma loja de vinhos, resultando em prejuízo financeiro e na perda de vidas.
Por que a Agir Foi Escolhida? Contrato Milionário Gera Questionamentos
A escolha da Organização Social Agir para gerir unidades de saúde estratégicas levanta graves questionamentos. A OS possui um histórico de investigações por má administração de recursos públicos, o que torna a contratação ainda mais controversa. Diante disso, sociedade e autoridades devem exigir fiscalização rigorosa para evitar novos escândalos no estado.
Problemas no Sistema Público de Saúde do Amazonas
Enquanto o governo prioriza contratos milionários, o sistema público de saúde enfrenta desafios como:
- Falta de medicamentos essenciais;
- Equipamentos sucateados e precários;
- Profissionais desmotivados e sem salários.
A situação reflete um modelo de gestão que, em vez de atender às necessidades da população, favorece contratos com organizações questionáveis.
O Futuro da Saúde no Amazonas: A População Merece Respostas
A falta de transparência e de responsabilidade com os recursos públicos preocupa a sociedade. A população do Amazonas já enfrentou tragédias como as mortes por falta de oxigênio durante a pandemia, e agora lida com mais uma decisão polêmica do governo.
A sociedade exige respostas urgentes:
- Por que o governo escolheu uma OS com histórico de denúncias?
- Como justificar um contrato bilionário enquanto médicos estão com salários atrasados?
- Quem será responsabilizado caso novas irregularidades sejam constatadas?
Conclusão: Transparência e Respeito aos Recursos Públicos
O governo Wilson Lima precisa priorizar a eficiência, transparência e responsabilidade no uso do dinheiro público. A saúde pública no Amazonas não pode continuar sendo palco de escândalos e descaso. A população merece dignidade, qualidade no atendimento e, acima de tudo, respostas claras sobre esse contrato bilionário que desperta tantas suspeitas.