A incerteza sobre a candidatura de Luiz Inácio Lula da Silva à reeleição em 2026 aumentou após o presidente atingir a pior avaliação de todos os seus mandatos, conforme apontou a pesquisa Datafolha divulgada recentemente. A indecisão de Lula em confirmar sua candidatura e a falta de um sucessor forte dentro do Partido dos Trabalhadores (PT) lançam dúvidas sobre o futuro político do Brasil.
Lula pode desistir da reeleição?
Nos bastidores do governo, o petista já manifestou preocupações sobre disputar uma campanha sem plenas condições físicas e cognitivas. Segundo relatos de integrantes próximos ao presidente, divulgados pelo jornal O Globo, ele pediu aos auxiliares que não permitam que ele entre na disputa caso sua saúde não esteja adequada:
“Não me deixem concorrer como o Biden concorreu. Eu não quero disputar a eleição daquela maneira.”
O alerta reflete a preocupação com o desempenho do atual presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, que enfrentou duras críticas e pressões dentro do Partido Democrata antes de desistir da corrida presidencial em 2024.
Paralelo com Biden: um alerta para Lula?
Biden sofreu uma crise política após um fraco desempenho em um debate contra Donald Trump, que levou a questionamentos sobre sua capacidade cognitiva e física. A pressão do partido e do eleitorado democrata culminou na desistência do presidente americano de buscar a reeleição, abrindo espaço para sua vice, Kamala Harris, que acabou derrotada.
O caso americano levanta reflexões sobre o futuro de Lula e do PT em 2026. Se o presidente brasileiro optar por não concorrer, o partido precisará definir rapidamente um nome competitivo para manter a força política nas eleições presidenciais.
O PT tem um sucessor forte?
Até o momento, Lula não indicou um herdeiro político com potencial de disputa. Entre os nomes cogitados dentro do partido, estão Fernando Haddad, Gleisi Hoffmann e Rui Costa, mas nenhum deles apresenta, atualmente, o mesmo apelo eleitoral de Lula.
A incerteza sobre o futuro do presidente pode impactar o cenário político e abrir espaço para novos atores na disputa. Com a popularidade em queda, o PT precisará traçar uma estratégia sólida para se manter competitivo nas eleições de 2026.