O ex-presidente da República Fernando Collor de Mello, de 75 anos, passou a cumprir prisão domiciliar após decisão do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF). Ele havia sido preso no dia 24 de abril, mas foi transferido para casa devido à idade avançada e a problemas de saúde, como Parkinson, apneia do sono grave e transtorno afetivo bipolar.
A nova etapa da pena será cumprida em um apartamento de cobertura localizado na praia de Ponta Verde, em Maceió (AL). Com 600 metros quadrados, o imóvel foi avaliado pela Justiça em R$ 9 milhões, embora em sua declaração de bens de 2018 à Justiça Eleitoral estivesse avaliado em R$ 1,8 milhão. Curiosamente, o apartamento não foi incluído na declaração de bens feita por Collor em 2022, quando disputou o governo de Alagoas.

Em 2023, o Supremo Tribunal Federal condenou Collor a oito anos e dez meses de prisão pelos crimes de corrupção passiva e lavagem de dinheiro. As investigações apontaram que o ex-presidente participou de um esquema criminoso ligado à BR Distribuidora, durante as apurações da Operação Lava Jato. Em março deste ano, a defesa apresentou novo recurso, considerado meramente protelatório pela Corte.
A autorização para prisão domiciliar impõe restrições: Collor deverá usar tornozeleira eletrônica, está com o passaporte suspenso e só poderá receber visitas de familiares, advogados, equipe médica ou pessoas previamente autorizadas pelo STF.