Um levantamento recente dos Cartórios de Registro Civil do Rio de Janeiro revela um dado alarmante sobre a realidade da maternidade no estado: mais de 66 mil crianças foram registradas apenas com o nome da mãe nos últimos cinco anos. A ausência do nome paterno nas certidões de nascimento escancara uma questão social preocupante.
De acordo com os dados disponíveis no Portal da Transparência do Registro Civil, por meio da página “Pais Ausentes”, a média anual de registros sem a identificação do pai ultrapassa os 13 mil casos. Em 2024, o número já ultrapassou a marca de 12 mil, mantendo o mesmo patamar registrado em 2023.
A estatística chama atenção para o desafio enfrentado por milhares de mulheres fluminenses que criam seus filhos sozinhas, sem o reconhecimento legal e muitas vezes sem qualquer apoio do genitor. O número crescente reforça a necessidade de políticas públicas que promovam a responsabilidade paterna e o suporte às famílias monoparentais.
Além de revelar a dimensão do problema, os dados também destacam a importância da transparência e do acesso à informação como ferramenta para debates e ações concretas em prol da infância e da maternidade no Brasil.